A engenharia que desafia a fúria climática e a lição silenciosa do Aeroporto Salgado Filho

Em meio ao caos, a resiliência. Enquanto as águas subiam e a tragédia climática de 2024 redesenhava a paisagem do Rio Grande do Sul, uma estrutura de impacto crítico, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, mantinha-se firme contra a fúria da natureza. E em um de seus componentes mais vitais, a cobertura, a engenharia de precisão demonstrou seu valor inquestionável.

Eventos climáticos extremos não são mais uma projeção futura, mas uma realidade presente e cada vez mais frequente. Rajadas de vento que ultrapassam os 100 km/h, volumes de chuva que desafiam a capacidade de qualquer sistema de drenagem convencional e a ameaça constante de descargas atmosféricas, compõem um cenário de risco crescente para infraestruturas críticas. Nesse contexto, a pergunta que a engenharia moderna deve responder não é mais “se” o extremo vai acontecer, mas, sim, “como” nossas edificações irão suportá-lo.

A resposta, como evidenciado no caso do Aeroporto Salgado Filho, está em um planejamento que integra soluções técnicas de alta performance, com visão de futuro e instalação meticulosa. Enquanto grande parte da estrutura aeroportuária foi severamente impactada pela inundação histórica, sua vasta cobertura de mais de 23.000 m² se manteve íntegra, protegendo o patrimônio, as pessoas e evitando um colapso ainda maior.

Isso não foi obra do acaso. Foi o resultado de uma decisão estratégica pela implementação de um sistema de cobertura com membrana termoplástica (TPO).

A ciência por trás da resistência: desvendando a Membrana TPO

Diferente de sistemas de telhados convencionais, vulneráveis a destelhamentos, a membrana TPO, como a utilizada no aeroporto, forma um escudo firme e durável. A Poliolefina Termoplástica, material de base, oferece uma combinação única de flexibilidade e resistência, suportando a dilatação e contração sem perder suas propriedades e resistindo a perfurações e aos raios UV, o que garante uma vida útil superior a 30 anos com baixa manutenção.

Em um cenário de ventos extremamente fortes, onde a pressão negativa pode literalmente “arrancar” coberturas, a integridade de um sistema como o TPO é a primeira e mais crucial linha de defesa de uma edificação.

Mais que uma cobertura: um ecossistema de proteção integrada

A resiliência de uma infraestrutura de alto impacto, contudo, não reside em um único ponto. No Aeroporto Salgado Filho, a performance da cobertura foi amplificada por soluções complementares que atuaram de forma sinérgica:

Sistema de Drenagem Sifônico Fullflow: Diante de chuvas torrenciais, o acúmulo de água em grandes coberturas pode gerar uma sobrecarga estrutural. O sistema sifônico é projetado para criar um vácuo nos tubos, “sugando” a água a uma velocidade muito superior. Isso garante a rápida e eficiente remoção de grandes volumes pluviométricos, eliminando o risco de colapso por peso e prevenindo infiltrações.

SPDA ou Sistema de Descargas Atmosféricas: Um aeroporto é um campo aberto e uma estrutura proeminente, tornando-se um alvo natural para raios. Um sistema de proteção contra descargas atmosféricas devidamente projetado e instalado é vital para garantir a segurança das operações, dos equipamentos eletrônicos sensíveis e, claro, das milhares de vidas que circulam pelo terminal.

Quando a cobertura protege, a engenharia resiste.

O caso do Aeroporto Salgado Filho reafirma um princípio que a Omnitrade defende diariamente: infraestruturas de alto impacto exigem soluções técnicas consistentes. Não há espaço para o improviso ou para soluções de baixo desempenho quando a segurança e a continuidade de operações críticas estão em jogo.

A tragédia no Rio Grande do Sul deixou cicatrizes profundas, mas também lições valiosas. A principal delas é que investir em engenharia de ponta e em sistemas de proteção robustos não é um custo, mas um investimento estratégico na resiliência e na perenidade do nosso patrimônio.

Em um mundo em constante mudança climática, a engenharia não pode ser reativa. Ela precisa ser visionária, precisa antecipar os desafios e construir as defesas antes que a tempestade chegue. Porque, como ficou provado neste artigo, quando a cobertura protege, a engenharia resiste.

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